terça-feira, 3 de janeiro de 2012

As agendas de 2012!


Cada ano novo é um livro aberto e uma nova agenda em branco! E no meu caso, este ano, duas agendas novinhas em folha! Adoro o cheiro do papel por estrear, dos livros acabados de imprimir, dos cadernos de notas por inaugurar! Por isso, este ano não resisti e comprei duas agendas: uma profissional e outra pessoal.
A primeira é a necessária e obrigatória, para me manter em ordem, atenta e organizada.
Mas este ano imprimi um cunho inovador e comprei também uma pequenina. Com que finalidade? Para apontar dia-a-dia momentos felizes, pensamentos construtivos ou coisas que me apaixonaram: por exemplo, um filme, uma exposição a que fui, um encontro agradável que tive, um passeio, um jantar num sitio especial e com pessoas também elas especiais; uma gargalhada que dei, um sorriso que partilhei; pormenores de uma viagem...enfim, aquilo que me apetecer mais tarde recordar! Por isso, chamo-lhe “A minha agenda feliz!”.  
Não se poderá falar de diário, porque não tem espaço nem é essa a finalidade.Será mais uma espécie de cancioneiro sucinto e objectivo onde guardarei todas as coisas boas que for vivendo ao longo dos 366 dias deste ano de 2012. 
No final do ano, servir-me-á para rapidamente visualizar recordações de dias somados mas que já não serão mais iguais pelo esquecimento com que o tempo naturalmente os polvilharia, não fosse eu marcá-los dia-a-dia com os tais momentos que nela vou registando ou com as ideias e pensamentos positivos que me vão enchendo a alma! É uma espécie de memorizador de felicidades.
Temos mais tendência para fixar os dias maus ou relembrarmos acontecimentos que nos magoaram. Isso é instantâneo. Fica registado na nossa mente sem precisar de lembretes.   No entanto, esquecemo-nos muitas vezes que é precisamente quando nos sentimos mais tristes, que mais falta nos faz recordar as coisas boas que já vivemos e que são em muito maior número concerteza que as más...nem que seja para nos dar um novo alento e uma nova sensação de que seguramente tudo há-de correr muito melhor!
Por isso esta minha agenda, que hoje dia 3 de janeiro, está quase em branco, enche-me de esperança para ser preenchida de momentos e pensamentos muito especiais!
É bom estarmos a iniciar um novo ano e termos a dádiva de estarmos bem de saúde, termos um emprego, uma vida tranquila e muitos sonhos e projetos novos para concretizar! 
Viva 2012!

sábado, 24 de dezembro de 2011

E se nos roubassem o Natal?!


Na semana passada uma amiga sugeriu-me que escrevesse sobre o espírito de Natal. Por onde andará este ano? - questionava-se ela. “As pessoas estão tristes, assustadas e com medo de tudo o que se está a passar. Eu pelo menos, este ano, não sinto o Espírito de Natal!” - desabafava ela comigo.
Desde então, tenho pensado repetidamente neste assunto. Antes de mais o que é o Espírito de Natal? É como um fato que se escolhe vestir ou umas luvas com que se aquece a Alma? Ou é uma espécie de mandado de captura que nos propomos obrigatoriamente a nós mesmos, nesta época do ano? A partir do dia 8 de Dezembro tenho que me sentir a festejar a quadra natalícia, sentenciamos. 
O problema do Natal é o mesmo que todos os compromissos sérios têm: quando se tornam obrigatórios, o prazer esmorece. Cumpre-se a obrigação. E depois fica no ar, a tal pergunta da minha amiga: onde pára este ano o meu Espírito de Natal? - no fundo era isto que ela queria dizer. Uma pessoa sente-se na obrigação de estar dentro do espírito, mesmo que não esteja para aí virado. 
Também tenho ouvido dizer, um pouco por todo o lado: eu não ligo muito ao Natal. Só festejo porque é um pretexto para estar em família ou porcausa das crianças! E neste tipo de afirmação, mais uma vez se torna explicito que aqueles que a proclamam, também andam à procura do tal Espírito de Natal.
E que tal, se pararmos para reflectir um pouco e imaginássemos se um ano destes, num futuro próximo ou até já no próximo ano, o nosso governo nos proibisse de festejar o Natal? Imaginem até um cenário mais grave: que saía  uma lei merkosarkoziana que para além de abolir o Natal, nos castigasse se teimássemos em comemorar mesmo dentro das nossas portas o mais pequeno esboço de manifestação natalícia? Ãh, o que é que todos nós faríamos? Revoltávamos-nos? Saíamos para a rua em união, em nome do Natal Roubado? Não acredito que aceitássemos uma imposição dessas sem nos manifestarmos. E mesmo que não conseguíssemos alterar essa lei, aposto que nos sentiríamos repugnados. Toda a gente se sentiria triste e oprimida. De repente, o Natal a quem tanta gente já não dá importância, por se ter transformado numa corrida louca ao consumo desenfreado e só fazer sentido se há dinheiro para gastar, recuperaria um sentido mais autêntico outra vez. Seria da maneira que algumas pessoas voltariam a pedir ao Menino Jesus que não deixasse de nascer no dia 25 de Dezembro em suas casas. Possivelmente, o Espírito de Natal renasceria dentro de cada um de nós, com menos egoísmo, indiferença e descuido. 
Já imaginaram se nos obrigassem a passar a noite de 24 de dezembro, às escuras? Aí sim, teríamos razões para ter medo e para estar assustados e tristes. No entanto, acredito que a nossa Fé, num momento como esse, se tornaria grande e encontrássemos o Espírito de Natal perdido.
Não estou a dar lições de moral a ninguém. Sou é da opinião que devemos celebrar este Natal de uma forma mais feliz e com mais sentido do que Natais anteriores de maior abundância. Porque o Menino Jesus nasceu numas palhinhas. Singelo e simples. Sem conforto, mas com amor. E é dentro de cada um de nós que ele deve continuar a nascer, para que nos dê força e luz para sermos melhores. Não só em intenções, mas em acções de verdade.
Respeito muito quem tem razões de sobra para não se sentir feliz este ano para festejar o Natal. Mas nós, os que não temos razões, e se nos deixássemos de lamúriar? E em vez disso, agradecessemos o que temos e oferecessemos a quem mais precisa, um pouco, do nosso bom Espírito de Natal! 

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

O Javali que apanhou o comboio...


E se um javali estiver atrasado para apanhar o comboio? Mete-se no meio da linha e leva com o inter-cidades em cima. Problema resolvido. Pára-lo à força! 
Quem vinha atrás no Alfa de Lisboa para Faro é que tem de aguentar com um atraso de mais de 45 minutos. Em que ninguém sabe bem explicar o que aconteceu.
Os revisores avisam: inter-cidades que vai à nossa frente, avariou. Não se sabe quando vamos poder avançar. Só há uma linha! 
No principio nem sabiam dizer às pessoas em que sítio estavamos parados.
Claro que as pessoas ficaram logo em brasa. Agarraram-se aos telemóveis. Parecia o Titanic. Toda a gente a querer sair. Não foi logo possivel. Onde estão os revisores? As portas não abriam.
Finalmente houve autorização para sair. As pessoas queriam arejar. Informações sobre o sucedido é que ao certo não havia. Meia hora depois, lá soubemos que os bombeiros já estavam no sítio para retirar não sei o quê, que tinha avariado o inter-cidades. E ouviu-se falar de um javali como o causador do incidente.
Interpretação possivel? Já que não houve grandes explicações sobre o assunto por parte da CP: os bombeiros vieram ao local para reanimar o javali que queria apanhar à força o primeiro comboio que passasse para Faro. 
Tiveram de trazer um desfibrilhador do Hospital de Santa Marta para o animalzinho combalido. Um comboio é sempre um comboio. Mesmo que em cima de um Javali!
Quarenta e cinco minutos depois, o inter-cidades retomou ferido o seu caminho. E cerca de 50% das pessoas que viajavam no Alfa que vinha atrás - sofrendo de ansiedade, abandonaram entretanto o comboio e tiveram de arranjar outro meio de transporte para os seus destinos. Encontrei uns desse grupo que, acabaram por chegar à estação de Loulé, ao mesmo tempo do que aqueles que como eu, permaneceram fieis ao seu inter-cidades e ainda se riram com uma história mirabolante! 
Tanta ansiedade para quê?!
É o que acontece quando um javali apanha de repente um comboio...

domingo, 11 de dezembro de 2011

Galochas, intemporais...


Não sou fashion victim mas confesso que tenho uma certa pancada por galochas. E ontem  a minha amiga Juju, convenceu-me a pavonear-me com a minha ultima aquisição mesmo com um sol descomunal, porque ela tinha acabado de comprar umas e não queria ser ímpar. Confesso que senti os meus pés a quarenta graus à sombra! 
Mas esta paixão não é de agora que estão na moda. É desde sempre. Lembro-me de já sofrer desta pancada desde miúda. Tive umas galochas rosa. 
Já mais recentemente, lembro-me de ter ficado encantada com as galochas desenho leopardo de uma rapariga num museu em Londres! Qual quê? Passei o fim-de-semana a calcorrear sapatarias umas atrás das outras, à procura das ditas galochas...era inconcebível para mim que em Londres, não existissem nenhumas tão fashion como aquelas. Acabei por nem encontrar as ditas e perdi, um outro modelo que entretanto não voltei a encontrar mais noutra loja, porque na altura, estava com as outras fixadas na minha cabeçinha de alho chocho e preferi não as comprar. Enfim, voltei de Londres desapontadissima....sem a mais pequena esperança das galochas que nunca encontrei e das outras que perdi! Estes dilemas dizem muito do carácter de uma pessoa, acreditem!
Há uns três ou quatro anos, sem estar a pensar, encontrei umas galochas numa loja em Badajoz: lindas! Cheias de cores...com riscas, como se tivessem sido pintadas a pincel. Não resisti. Saí da loja agarrada às minhas galochas que nem criança mimada à sua barbie! Ainda hoje as tenho, encafuadas na dispensa. Usei-as umas duas vezes. Sabem porquê? Porque comprei o numero exato ao do meu pé e as maganas, feriam-me o calcanhar. Por isso, quando ontem a minha amiga - enquanto falava comigo ao telefone - se queixava de não estar a conseguir arrancar as suas dos pés. Estavam coladas, dizia ela! Avisei-a logo que não cometesse o mesmo erro que eu e as fosse trocar pelo número acima. Por isso, pela minha experiência, escolher a galocha certa é também um verdadeiro quebra-cabeças!
Este ano decidi-me por umas pretas, opacas, estilo jardinagem. Uma imitação cool e económica das reais Hunter! Comprei o número acima: 38. E finalmente posso dizer, que fiz a escolha certa. São fantásticas. Dão para usar com tudo e super-confortáveis. Pela módica quantia de....queriam saber, era? Não digo.
As galochas são também um fenómeno extremamente expressivo do regresso à ruralidade tão em voga atualmente - esquecendo o pormenor de serem de plástico!
A Juju ontem perguntava-me, orgulhosa do seu visual, no alto das suas galochas azuis, a planear levá-las no fim de semana em que vai a Paris: Achas que vou ser bem aceite nos Champs-elisées com as minhas galochas e o meu regador? 
Uma evolução de Amélie Poulin, mas mais rupestre...
Claro que sim....as galochas são uma pancada intemporal!

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

E que tal, mais uma verruguinha...?


A maldade deveria vir escarrapachada na cara das pessoas. Para que quando se olhassem ao espelho sentissem vergonha do que fizeram e para que os outros as descobrissem mais facilmente. Quanto mais maldades fizessem, mais feias ficavam - como as máscaras das bruxas que se compram no carnaval! Tenho a certeza de que assim era possivel diminuir a maldade da face da terra. Já imaginaram se por cada maldade, lhes caíssem os dentes ou  aparecesse um dente podre? Ou então, o cabelo começasse a ficar verde; noutras vezes, a seguir a cada pensamento mau ou acção má, ficassem com uma pelada no cabelo ou aparecesse uma verruga enorme mesmo na ponta do nariz! As deformações podiam ser de vários géneros e quanto mais criatividade melhor, não interessa! A partir do momento em que surgissem, só desapareciam se fossem compensadas por uma catrefada de boas acções praticadas. As pessoas más ficariam em muito maus lençóis!
Eu sei que isto faz lembrar o pinóquio e pode parecer uma ideia muito infantil. Mas há pessoas que parecem só ter maldade dentro delas. Dizem só coisas negativas sobre os outros e com o objectivo de achincalhar, inventam histórias para denegrir os colegas, magoam e traiem as pessoas que confiam nelas, tudo nelas é falsidade. Como é feita então a justiça?
Há quem diga que todos temos dentro de nós, um anjo bom e outro mau. Eu não acredito nisso. É verdade que somos humanos e todos erramos. Quem não pregou já uma boa mentira a alguém de quem até não se gosta muito ou em quem não confia? Quem não desejou já um “vai-te lixar” num momento de irritação? Quem é que não inventou alguma história sobre um conhecido ou disse mal até de um amigo que teve uma atitude menos própria connosco? A diferença está, é se essas atitudes estão carregadas de maldade ou não.
Também é verdade que nem sempre controlamos o que sentimos. Mas existe uma voz dentro de cada um de nós, a que eu chamo a nossa essência. O nosso eu mais verdadeiro. Aquele que de quem não nos conseguimos esconder ou disfarçar. Quando estamos a mentir, diz-nos logo, “vá lá, a mim não me enganas!”. E é essa voz  - carregada de bons ou maus valores, que nos comanda e faz a destrinça entre pessoas boas e más, conforme os casos. Há quem tenha simplesmente uma voz de lobo - a essência má. E desta ideia, ninguém me faz arredar pé.
Há pessoas que são essencialmente más. E outras essencialmente boas. Por isso é que eu penso que deveria haver uma forma de as identificar e fazer justiça. Porque nos filmes e nos contos de fadas, o ajuste de contas é sempre feito no final. No entanto, na vida nem sempre é assim. Há pessoas que passam uma vida inteira a fazer mal a todos de quem se aproximam. Criam verdadeiros caminhos de sofrimento e devastação e parece que são intocáveis. Não é por acaso que existe o provérbio: “vaso ruim não quebra!”. 
E como não acredito na justiça natural nem em tangas infaliveis “do cá se faz cá se paga” e não consigo dar a outra face depois de ter levado uma bofetada, parece-me que a única solução seria aparecer-lhes a seguir a cada maldade uma deformação física visível, para se sentirem mal com o mal que provocam aos outros. Porque as pessoas que têm uma essência boa, quando erram, sofrem com a sua consciência. Não fizeram com má intenção. E arrependem-se. Ouvem a tal voz a repudiá-las e a chamá-las à razão. Enquanto que as pessoas más são lobos esfomeados que nunca estão satisfeitos, são insaciáveis. Se ficassem com as suas maldades cravadas na pele, seria a única forma de travar a maldade destas pessoas, uma vez que os seus valores não lhes criam consciência pesada.
E que tal mais uma verruguinha?...

domingo, 20 de novembro de 2011

Aventura no elevador do El Corte Inglês!

Todas as regras têm uma excepção. Se até ontem eu julgava que todos os funcionários do El Corte Inglês eram profissionais da mais elevada qualidade, eficiência e formação, mudei de ideias! Há sempre uma ovelha ranhosa em todo o lado, certo? E eu encontrei-a. 
Estava apressadíssima ao final do dia para ir buscar duas saias à lavandaria, correr de seguida ao supermercado para comprar o leite de soja light que está em promoção e só há mesmo lá e o seitan assado que adoro para fazer saladas....olhei para o relógio, vi 19h30 - ainda tenho tempo de ir buscar ao quinto piso, em 5 minutos, a correr, o Tupperware que preciso para os cereais e aproveitar o desconto de 20% - pode terminar entretanto! - É num instante, (pensei). 
Num instante? Só se for em pensamento! Na prática, tem de se ter muita paciência. Três elevadores. Hora de ponta. Seis andares, sub-cave e ainda os pisos do parque de estacionamento! Nota-se que conheço muito bem o El Corte Inglês, não se nota?
Enfim...decidi respirar calmamente. Vá, não olhes para as horas outra vez. Só passaram 2 minutos. Mesmo assim a espera até não foi longa! Entrei no primeiro que parou e cuja  seta verde indicava que ia para cima. Qual é o meu espanto, quando me vejo a ir até aos subúrbios das caves e sub-caves, a fazer uma sauna involuntária dentro de um elevador apinhado. E ainda bem que eu não sofro de claustrofobia! Claro que não pude deixar de expressar o meu desapontamento: “Vai descer? Caramba. Mas indicava que ia subir!”. Outro casal que estava ao meu lado acabou por concordar com o meu desabafo, afirmando também que o sinal do elevador tinha indicado ir subir! Eu rematei a conversa dizendo que já não era a primeira vez que isto acontecia: os sinais verdes levavam a enganos destes!
De repente, ouço um trovão. Um gato enraivecido, a salivar perante a sua presa. Vou-te comer...mas antes, parto-te aos pedaços! “Não são os elevadores que estão mal sinalizados. Voçê é que se enganou. Eles estão certos.” E passou a vociferar uma série de desinformações atabalhoadas que me fizeram ficar mais confusa quanto à funcionalidade dos elevadores! Vou ter de lá voltar e reparar bem, eu própria, para ver se entendi! Custa-me a crer que precise de um manual de instruções para elevadores! 
O dito indivíduo sai esbaforido. Zangado. A fixar-me pela última vez para garantir que eu - a sua presa - tinha ficado mesmo estatelada no chão, em pedaços! Só os ossos! 
Os seus queridos elevadores estão certos! Afinal, eu não sabia que os elevadores podiam ser pessoas e haver alguém com tanto carinho e compreensão por eles. Defendeu-os como irmãos! Só lhe apeteceu dizer: seus canalhas, se não entendem os meus queridos amigos....ãh, as setas verdes todas trocadas?! ãh, é porque são burros! E depois vêm para aqui dizer mal do meu trabalho!
Ficámos os três perplexos. Ainda bem que naquele momento já não havia mais ninguém no elevador. Senti-me pequenina. Quase ia ficando com um olho negro, só por ir comprar um Tupperware ao El corte inglês! 
No final, eu só consegui balbuciar: “mas o que foi isto? Quase ia levando uma sova!”. O rapaz que fazia parte do casal protagonista comigo, disse: “só pode ser o responsável dos elevadores!”.
Recuei então uns segundos no filme que tinha acabado de viver: e só podia ser mesmo um funcionário do El Corte Inglês. Usava farda. Eu é que não tinha reparado!
O importante aqui não era discutir quem estava certo ou errado. Como profissional devia ter-nos informado com bons modos. E mais nada.
O importante aqui é que o El Corte Inglês é conhecido por ter um serviço ao público eximio e que não encontra comparação em termos de qualidade, eficiência e formação: o cliente tem sempre razão. Ponto. Mesmo quando não tem! 
Se este senhor se esqueceu do principio que rege esta cadeia para a qual trabalha, já é mau. Muito pior é a sua falta de boas maneiras e formação! 

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Do que é que as mulheres se queixam?

Numa amena cavaqueira entre mulheres, surgiu espontaneamente uma queixa comum relativa aos seus parceiros: todos dormem demasiado! Só querem dormir nos fins de semana, em vez de ocuparem o tempo com outras actividades mais interessantes. Dormem depois de almoço, dormem a seguir ao jantar, quando o despertador toca, nunca toca só uma vez para os acordar e voltam a adormecer depois do sexo!
Porque tanto dormem os homens?!
Fui vasculhar alguns artigos que têm saído em várias publicações e há realmente motivos hormonais - que não me apetece agora estar para aqui a descrever - que criam diferenças entre o sono das mulheres e dos homens. Quem estiver interessado, vá ao Google...
Mas as queixas mais frequentes das mulheres relativamente aos seus cônjuges não se ficam por aqui. Existe outra no top das preferências: ajudarem pouco nas tarefas domésticas; ou então, serem pouco atenciosos no dia a dia; ainda em relação ao sono, há os que ressonam muito e parecem autênticas locomotivas - quem consegue dormir?!
São geralmente mais egoistas na tomada de decisões ou na escolha das suas prioridades, dizem elas! 
Pensam muito em sexo e não percebem as diferenças hormonais e até mesmo os diferentes graus de desejo sexual pelos quais as mulheres passam durante a semana: quando estão stressadas, não. Quando estão cansadas, muito menos...claro que não! E se estão a fazer alguma coisa mais interessante...é óbvio, nem pensar! E há ainda as dores de cabeça ou para as mais compulsivas, as enxaquecas! 
As mulheres também se queixam deles serem pouco compreensivos, ou seja, não compreendem as luas femininas nem adivinham os seus desejos! Outra queixa muito comum, é a de se esquecerem de ligar por tudo e por nada. E são massacrados por estarem ausentes. Dizem poucas vezes, o quanto as amam - porque não sabem que elas não conseguem ler esse amor pelas suas acções. 
Há ainda as que se queixam de que prestam pouca ajuda e vigilância aos filhos ou que não têm grande paciência para eles! Enfim, as mulheres têm uma lista infindável de queixas a fazer dos “seus homens”!
Eu na realidade, não sei quem é mais incompreendido: se o homem ou a mulher!
As mulheres idealizam um mundo perfeito onde gostariam de viver e não se satisfazem por menos. Os homens não conseguem imaginar sequer esse mundo secreto onde elas vivem! 
As mulheres constroem tudo de raiz, pilar a pilar, tudo arrumado e aí, de quem lá vá meter o nariz! São muito senhoras de si e do seu espaço. Os homens vagueiam por vários espaços, sem se organizar, de acordo com as suas vontades e desejos momentâneos. 
As mulheres pensam de mais e acabam por se perder nos seus próprios meandros dos pensamentos. Os homens pensam pouco, desde que o seu caos esteja em ordem, não pensam. Entretem-se com os seus afazeres e os seus hobbies. Vivem felizes com menos. Contentam-se por menos. 
As mulheres assistiram a muitos filmes românticos na adolescência. Os homens preferem os filmes de ação. Elas vivem nesse mundo imaginário em que tudo é perfeito e lidam mal com a imperfeição. 
Elas querem mudar o mundo. Queixam-se. Eles acomodam-se a viver com o que têm e vão alterando pequenas coisas no seu dia a dia. Ou não alteram nada.
No entanto, acho que o fulcral da questão de existirem tantas queixas acumuladas tem a ver sobretudo com um único fator: as mulheres subjugam-se mais no inicio dos relacionamentos. Fazem parecer ser o que não são. São menos verdadeiras que os homens. E depois fartam-se mais depressa de se esforçar e sacrificar em prol da outra pessoa. E daí, as queixas frequentes. Estão sempre à espera que lhe retribuam em gratificações, os “sacos” que tiveram que engolir. A maioria dos homens não está para isso. São mais genuínos nas relações. São mais verdadeiros desde o ínicio. Não escondem tanto os defeitos e por isso, também não exigem tanto. Por vezes, também eles precisariam de ser mais compreendidos!